domingo, 11 de outubro de 2015

 HOMENAGEM AO DIA DA CRIANÇA 











Morre aos 89 anos de idade, dona Luíza de Oliveira Santos, a gentil e misteriosa senhora escritora de fábulas infantis, usando pseudônimos. Foi encontrada morta em seu pequeno quarto  em New York, onde dividia um apartamento com outros artistas remanescentes dos anos 70. Laudos de peritos confirmam morte por overdose de Paz e Amor. Suas obras surrealistas, eram ilustradas com psicodélicas manchas de aquarela, acidentalmente derrubadas sobre  manuscritos. Formavam lindas e coloridas imagens, revelando um etéreo mundo ausente de definições e  formas, onde a escritora se inspirava.  Seus livros nunca fizeram sucesso nem foram vendidos nas livrarias, porem, encantavam crianças que nada entendiam sobre o conteúdo das obras, preferindo  penetrarem  em suas páginas, interagindo com as fantásticas  personagens, vivenciando lindas aventuras. A ultima mancha que Luíza  vislumbrou  espalhada   sobre um bloco de papel couche,  foi  algo semelhante a uma delicada borboleta azul  sentindo  o derradeiro hálito da infinita liberdade, Ao lado de Luíza em seu ultimo suspiro, a delicada criatura, bateu asas e voou, atravessando o vidro da irrestrita janela. Entre cintilantes flocos de neve. a mancha azul se distanciava, transformando a fria e encantadora paisagem em doce poesia. Luíza plenamente lucida, despediu-se deste mundo, deixando  uma janela aberta, de onde observava tudo, enquanto alinhavou pensamentos, até seus últimos dias. Suavemente, desfez-se os laços que a mantinham nesta dúbia realidade. Ela voou livre ao lado da borboleta, naquela  tarde acinzentada, aquecendo o impreterível manto do seu ultimo e  rigoroso inverno, que não conseguiu congelar as suas asas. Ao lado do  pálido bloco de papel,  demonstrando infinitas possibilidades   sugeridas  no branco espaço   de onde a borboleta se libertou, debruçado sobre o teclado do computador, repousava serenamente o corpo de Luíza. Antes de  remove-lo, foram lidas suas palavras...   

PEDIDOS  À  UMA FADA: 




Que uma vida inteira, não caiba dentro de um livro e a poesia de viver seja mais encantador   que todos os versos.As histórias  mais lindas, não devem ser  mais belas do que as lembranças de momentos vividos, guardados no coração, e não nas paginas de um livro.                                                                                                                                                             


Denize Domingos 
















                                                                                                               
                                                        

                                Neil Young - My my, hey hey



    Minha canção de embalar!