domingo, 28 de junho de 2015

    Retornando a Terra Santa


                A Despedida  da Brisa do Vale 

Deixarei  que te libertes das paginas do livro, abrindo a janela, indulgente, te verei partir, encorajando teu  voo. Ainda assim, esse difícil e altivo gesto, poderá gerar traiçoeiros protestos, daqueles que sentem-se ameaçados,  evitando  escutar  teus  suaves sussurros. Sei o quanto as muralhas do vale te represaram, oprimem...  e o rigor do inverno  castiga  tua indefinida forma, tentando molda-la,  apresando assim,  teus leves passos em direção ao infinito. Desejo-te serenidade  e sabedoria ao reencontrares   em teu caminho,  aqueles que não  decifraram tuas mensagens, dizendo-lhes não  tratar-se  de enigmas, mas apenas teus sonhos, derramados  como perolas na areia. Agradeça a cada pessoa que foi gentil contigo, e aprenda com aquelas que te fizeram algum mal, pois estas, te tornaram mais forte. Retorne ao deserto como quem renasce do ventre materno,  sabendo  não ter sido um milagre gerado do barro  , mas da inconstância  das tempestades, lançando ao universo infinitos  grãos de areia. Esta surreal  simbiose, emocionada despedida, rompe o elo entre   criador e criatura, liberta a autora, encerrando um longo ciclo, possibilitando reinventar-se criando sempre novas histórias.



Denize Domingos 












                                           Musica Aleluia-Hebraico 








sexta-feira, 12 de junho de 2015


                                                       


                            No Mundo das Fadas 



É difícil  criar belas historias surrealistas, sem romper o elo opressor da realidade. E muito fácil  prender-se  dentro da ficção, como se o mundo inteiro, fosse paginas de um livro, se abrindo  em possibilidades. Feito a toca de um coelho, protegida  apenas com um  transparente véu. 























...Entrou  na floresta, surgiu uma fada de dentro da toca. Não  lembrou  de   nenhuma  oração. A fada  lhe  diz que pode ser  um pedido: 
Então...    antes de  lembrar-se   da culpa, fome, guerras, doenças... A sabedoria   das Deusas leram o seu penamento: 
 -Que eu conquiste o direito e a magia, de transitar livre em dois mundos, colhendo os frutos da terra, que me são oferecidos, sem iludir  ou ferir alguém".






                    Dance of the Wild Faeries - Wendy Rule









Dança Das Fadas Selvagens
Caminhei sozinha para a floresta numa noite
Conduzido por uma estranha música para ouvir
E segui o brilho de uma luz cintilante
Que parecia ficar mais distante enquanto eu me aproximava

A floresta estava viva com a fragrância da primavera
Mas o inverno estava em todo lugar claro a se ver
A lua brilhava e um morcego voando
Me chamou mais perto e me disse

Uma clareira perto da floresta você encontrará
Um banquete fabuloso, uma baile de fadas
Se você fechar os olhos e abrir a sua mente
O véu desaparece e você vai ver tudo

Vem brincar como as fadas selvagens brincam
Em um círculo mágico, um anel de fada
Você não vai querer sair e para sempre você ficará
Onde a visão é clara como a primavera

Venha e dance a dança das fadas selvagens
Girar em um círculo tão rápido como a luz
Uma vez que você começar, você está preso em um transe
E o mundo pode envelhecer em uma única noite

Quando eu fechei os olhos para a luz cintilante
Toda a memória desapareceu e eu pude ver
Que um círculo de cogumelos de vermelho e branco
E uma miríade de fadas me cercou

Além de todo o espaço e além de todos os tempos
Com asas leves as fadas voam
Com uma alegria desconhecida para a música sublime
As fadas dançaram, e lá eu dancei

Vem brincar como as fadas selvagens brincam
Em um círculo mágico, um anel de fada
Você não vai querer sair e para sempre você ficará
Onde a visão é clara como a primavera

Venha e dance a dança das fadas selvagem
Girar em um círculo tão rápido como a luz
Uma vez que você começar, você está preso em um transe
E o mundo pode envelhecer em uma única noite

Aqueles que nos procuram certamente nos encontrar
Veja o rastro que deixamos atrás de nós
Alguns perplexos, alguns iluminados
Alguns são bravos, alguns estão com medo

Somos gentis ou estamos vicioso?
Veneno ou néctar delicioso?
Isso, minha querida, você vai descobrir
Fada inimigo, ou fada amante

Vem brincar como as fadas selvagens jogar
Em um círculo mágico, um anel de fadas
Você não vai querer sair e para sempre você ficará
Onde a visão é clara como a primavera

Venha e dance a dança das fadas selvagem
Girar em um círculo tão rápido como a luz
Uma vez que você começar, você está preso em um transe
E o mundo pode envelhecer em uma única noite

Caminhei sozinha para a floresta numa noite
Conduzida por uma música estranha e clara
Se acontecer de você passar quando a lua está brilhante
E os véus estão finos você vai me encontrar aqui
Se os véus estão finos você vai me encontrar aqui











quinta-feira, 11 de junho de 2015

                             


               A LAGARTA  ENCANTADA 







... Outono, abreviam-se   tardes,    prolongam-se  noites, a vida espera por nós, 
consentindo o aconchego  de uma  história. Ao acender a vela, sou salamandra, salta um dragão de dentro do livro. Meu corpo se aquece  no fogo de seus  pensamentos. Derrete o gelo que havia molhado as páginas em branco, a espera do final feliz, ou começo surgido das cinzas de uma fabula que ainda  ninguém inventou. 

Denize Domingos